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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ESCOLA ESTADUAL MARIA DO CARMO VIANA DOS ANJOS
INTRODUÇÃO
[1] Macione Gomes Lobato
Marcelo de  Jesus Chucre
 Manoel da Silva Vilhena

O presente relatório tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado II do curso de Licenciatura em Português/Francês - IESAP, da disciplina Estágio Supervisionado II, ministrada pela professora: Fádia desenvolvendo um conteúdo aceitável ao planejamento repassado aos discentes, além disso, retratar a realidade do setor escolar, apontando seus aspectos sociais, culturais, físicos e pedagógicos, em relação ao ensino e aprendizado realizando em seguida um balanço sobre essas atividades desenvolvidas. O estágio foi realizado  na Escola Maria do Carmo, no período de 20 de outubro à 03 de novembro de 2010.
O estágio é necessário à formação profissional a fim de adequar essa formação às expectativas do mercado de trabalho onde o licenciado irá atuar. Assim o estágio dá oportunidade de aliar a teoria à prática e visa fortalecer a relação entre
ambos baseado no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica quer na vida profissional e pessoal. Sendo assim, o estágio constitui-se em importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno na realidade social, econômica e do trabalho em sua área profissional.
Como estagiário de LP, constantemente ouvimos, de um ou de outro aluno, que “a LP “ é uma matéria chata” “esta aula não é nada atrativa”, além de outras afirmações. Para mudar a didática do ensino da LP na escola tornando-a dinâmica, rica, viva, é preciso mudar antes o conceito que se tem da disciplina. É preciso reconhecer que ela é fruto do trabalho humano e, como tal, está sujeita a erros e acertos. É preciso também reconhecer que ela evolui e se modifica no tempo, em função do uso que se faz dela. 
Não é possível capacitar alunos ensinando conceitos desvinculados da realidade, ou que se mostrem sem significado para eles, esperando que saibam como utilizá-los no futuro. Por isso, faz-se necessário pensar em tornar o ensino de LP uma das formas de preparar os alunos para a participação ativa dentro da sociedade. 
O desafio para nós estudantes de licenciatura em LP é mudar a forma de pensar e de ensinar LP. E o estágio possibilitou um repensar da educação de LP.
Com a exposição deste, almejamos contribuir para o progresso da educação em nosso Estado, pois essa observação possibilitou uma auto-avaliação, o que certamente acrescentará interações bastante expansivas e de caráter prático


IDENTIFICAÇÃO

1.1 Dados dos estagiários:

Marcione Gomes Lobato, Marcelo de  Jesus Chucre e Manoel da Silva Vilhena, acadêmicos ao curso de Licenciatura Plena em Letras/Francês, cursando o 5º período no turno da tarde – turma 5LIC-F-T no Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP.


1.2 Dados da escola campo de estágio

v     Nome da escola: Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos
v     Código da Escola no INEP/MEC:16002580
v     Endereço: Av. Francisco Alves Corrêa, 30 -  Bairro: Jardim Felicidade II
v     CEP: 68909-390  -  Telefone: (96) 3251-3111  -  Município: Macapá     UF: AP
v     Data de Criação da escola: 02 de abril de 1993, através do Ato nº 0594 - GEA
v     Categoria: Escola Pública Estadual
v     Caixa Escolar: C.G.C. 00.889.798/0001-74
Diretor: Zozimar Uchoa da Silva
v        Administrador: João Filho Picanço
v        Secretária Escolar: Odete Almeida





3 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO

 HISTÓRICO DA ESCOLA

A Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, com Ato nº 0594 - GEA, foi inaugurada no dia 02 de abril de 1993, pelo chefe do poder executivo o então Governador do Estado do Amapá Anníbal Barcellos.
Segundo informações verbais de antigos funcionários, o primeiro diretor da escola chamava-se Alfredo (sobrenome desconhecido devido não haver registros), o qual permaneceu no cargo somente no período de um mês, sendo substituído pelo professor Raymundo Magalhães Ferreira, tendo como secretário escolar José Cordeiro dos Santos.
O espaço físico da escola era composto por tês corredores; 04 banheiros coletivos, sendo 02 masculinos e 02 femininos; 01 biblioteca; 01 sala da direção; 01 sala da secretaria escolar; 01 sala da supervisão; 01 sala dos professores (com banheiro privativo); 01 uma sala específica para o ensino especial; 16 salas de aula, medindo aproximadamente 48m2 cada, sendo que, uma dessas salas era específica para a disciplina de Educação para o Lar, cada sala de aula também tinha armários para os alunos; um espaço para a cozinha e refeitório e 01 quadra poliesportiva, com estrutura metálica, coberta de zinco e cercada com alvenaria e arame galvanizado. O forro de todas as salas era feito de madeira (lambri) e o telhado de telha de fibrocimento tipo brasilit.
A escola iniciou suas atividades ofertando Ciclo Básico de Alfabetização - CBA, que abrangia a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª séries do antigo 1º Grau, colaborando ativamente na formação básica intelectual da sociedade. A partir de 1994, por necessidade da comunidade local começou a trabalhar a 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries, até que em 1999 a escola amplia seu nível de ensino, passando a ofertar o 1º ano do ensino médio. Em decorrência da demanda de vagas, a partir do ano de 2000 foi-se extinguindo, gradualmente, as séries iniciais e ampliando o ensino médio, até que em 2003 a escola trabalhava somente com turmas de 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e turmas de 1º a 3º ano do ensino médio, garantindo que a população do bairro Jardim Felicidade II e adjacentes não precisava mais se deslocar para o centro da cidade para concluir a educação básica.
Ao longo de seus 14 anos a escola passou por inúmeras reformas em seu prédio, tendo obras que iniciaram em um governo e terminaram no final do mandato do governo seguinte. Por esse motivo a escola sempre buscou se adaptar às situações adversas e em conjunto com a comunidade criou alternativas para que as aulas não fossem paralizadas, como exemplo, a realização das aulas em salas improvisadas na quadra de esportes e a adoção de um turno intermediário, passando a existir quatro turnos de funcionamento, devido a existência de poucas salas de aula para um grande quantitativo de alunos.
Desde sua criação a escola preocupada em proporcionar aos alunos e comunidade eventos que incentivasse a cultura e a integração entre pais-professores e escola-comunidade realizou vários projetos de cunho sócio-educacional como: Festival da Cultura, Festa Junina, Festa das Mães, Mostra Pedagógica, Caminhada Ecológica, Multirão de Serviços, Campanha de Higienização, Dia do Estudante, Palestras Educativas, entre outras. A Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos sempre teve como meta a interação da escola com a comunidade, tendo como objetivo principal o crescimento intelectual, moral e social do nosso estudante, para se formar em cidadão atuante, que contribua para um mundo mais justo e uma comunidade/sociedade mais digna.
Estrutura Física
A Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, contém um espaço físico que é composto por três blocos; quatro banheiros coletivos, sendo um masculinos e dois femininos; uma biblioteca; uma sala da direção; uma sala da secretaria escolar; uma sala da supervisão; uma sala da TV escola; um laboratório de informática com aproximadamente trinta computadores; sala dos professores com banheiro privativo; uma sala específica para o ensino especial; dezesseis salas de aulas, medindo aproximadamente 48 m2 cada, sendo que, uma dessas salas é específica para a disciplina de educação; uma cozinha e um refeitório; uma quadra poliesportiva, com estrutura metálica coberta de zinco e cercada de alvenaria e arame galvanizado.



O ESTÁGIO

3.1 Orientações Teóricas No IESAP
A etapa inicial de nosso Estágio consistiu em orientações teóricas que se devolveram na prática as competências e assistido de perto a realidade na sala de aula.
Segundo Irandé as competências necessárias para que o sujeito interaja com o seu meio social passam, sem dúvida alguma, por uso específico da linguagem e a escola não pode negligenciar o desenvolvimento do aluno nesse âmbito. Por esse motivo, os professores da educação básica tem recebido muitos apelos para que mobilizem seus esforços nos sentido de redirecionar as práticas de ensino de português. Dessa forma com sua obra a autora aponta caminhos e sugere atividades para as aulas de português.
De fato não é mais possível dar aula com o que foi aprendido na faculdade ou achar que a tecnologia é coisa para especialistas.  Trabalhar sozinho sem trocar experiência com os colegas, e ignorar as didáticas de cada área são outras práticas condenadas por especialistas quando se pensa no professor de LP do século 21. Planejar e avaliar constantemente acreditando que o aluno pode aprender, por outro lado, é essencial na rotina dos bons profissionais. Essa nova configuração no perfil profissional está embasada em medidas governamentais e em pesquisas sobre a prática docente. Antes achava-mos que a principal função do professor era passar o conhecimento aos alunos. Jean Piaget, Lev Vigotsky e outros estudiosos mostraram que o que realmente importa é ser um mediador na construção do conhecimento e isso requer uma postura ativa de reflexão, autoavaliação e estudo constante. Tudo isso, é claro, porque os alunos também não são os mesmos de décadas atrás – longe disso. Com a democratização do acesso a internet no fim dos anos 90, passamos a ter nas escolas alunos que interagem desde cedo com as chamadas tecnologias de informação de comunicação, o que exige um olhar diferente sobre um impacto disso na aprendizagem. Finalmente, não podemos nos esquecer de que esses estudantes conectados tem uma relação diferente com o tempo e com o mundo, o que coloca desafios para a docência.
Segundo Navarro (2000) as diversas temáticas envolvendo os estágios supervisionados, contribuem para uma base sólida para a formação dos profissionais da educação apesar das dificuldades, considerando que nem sempre os professores e estagiários tem clareza sobre os objetivos que orientam suas ações no contexto escolar e no meio social onde se inserem, sobre os meios existentes para realizá-los, sobre os caminhos e procedimentos a seguir, ou seja, sobre os saberes de referência de sua ação pedagógica, faz sentido investir no processo de reflexão nas e das ações pedagógicas realizadas nos contextos escolares (apud PIMENTA; LIMA, 2004).
As atividades que articulam as ações pedagógicas são:
·         As interações entre professores, os alunos e os conteúdos educativos em geral para a formação do humano;
·         As interações que estruturam os processos de ensino-aprendizagem;
·         As interações nas quais se atualizam os diversos saberes pedagógicos do professor e dos quais ocorrem os processos de reorganização e ressignificação de tais saberes.
As autoras defendem uma nova postura, uma redefinição do estágio, que devem caminhar para reflexão a partir da realidade.
Na direção desse aprofundamento, Pimenta (1994) partindo de pesquisas realizadas em escola de formação de professores, introduz a discussão de práxis, na tentativa de superar a decantada dicotomia entre teoria e prática. Observamos que o estágio ao contrário do que se propugnava, não é atividade prática, mais teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendida esta como atividade de transformação da realidade. Nesse sentido, o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, esta, sim, objeto da práxis. Ou seja, é no contexto da sala de aula da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis de dá.
Portanto analisando o estágio como um todo não foi difícil realizá-lo, pois, pelo fato de tratar-se de pessoas adultas notava-se sempre grande interesse e atenção em relação as aulas aplicadas o que ajudava a melhorar cada vez mais o trabalho em sala de aula. Alem disso, não foram encontrados problemas no decorrer da regência, fato que culminou no sucesso deste Estágio


1.1 Observação e Participação no contexto Escolar
A observação constitui a primeira fase do Estágio Supervisionado II. Foi realizada no período de 20 de outubro à 03 de novembro de 2010, na Escola Maria do Carmo, localizada na Avenida Francisco Alves Correa Nº30, Jardim Felicidade na Cidade de Macapá-AP,  numa turma única de 3ª série do Ensino Médio, 3º turno, sob a regência do professor Jonildo Souza Ferreira Lima.
Na primeira visita à escola, fomos recebido pelo secretário que nos apresentou o diretor, que fez um breve comentário sobre a instituição, em seguida fomos informados já pelo secretário que as aulas do turno vespertino começam às 18h 30min e terminam às 22:30min, com a duração de 45 minutos cada aula e tendo um intervalo de 15 minutos entre o terceiro e quarto horário. Lembrando que nesse intervalo é oferecida a merenda aos alunos e se estende por mais alguns minutos.
O primeiro dia em que tivemos contato com a turma foi no dia 20 do mês de outubro. Nessa aula, o  professor regente nos apresentou aos alunos, e demos início a observação.
 A sala, onde estagiamos, é clara, mas muito quente devido à cobertura e às janelas que oferecem pouca ventilação. A sala se localiza no ultimo pavilhão com pouca iluminação. Isso favorece a dispersão dos alunos nas aulas, além disso, o barulho e a movimentação produzida fora da sala atrapalham as aulas. A maioria das cadeiras é separada (mesa e cadeira) tendo poucas que são cadeiras com apoio para escrever, e todas são dispostas em fila. O tipo de cadeira utilizada traz prejuízos em dois aspectos: ocupa muito espaço e atrapalha a realização de atividades em grupos. 
As aulas na maioria das vezes começaram no horário, mas sempre terminaram alguns minutos antes do previsto.
O professor regente tinha domínio do conteúdo; o conteúdo era apresentado de forma que as dificuldades estivessem em uma escala crescente; motivava os alunos perguntando ou valorizando suas dúvidas; preocupava-se com aprendizagem; sabia se o aluno tinha a capacidade (pré-requisito) para aprender o que ela estava  ensinando e resolvia exercícios  adequados ao nível da turma.
Durante as aulas observadas, o professor regente não utilizou recursos além do quadro branco, pincel e realizando uma aula tradicional. 
A turma era composta por 20 alunos. Os alunos eram muito agitados e se dispersavam com muita facilidade. Eles conversavam muito, mesmo estando posicionados desfavoravelmente às conversas paralelas. Nessa turma foi possível formar vários subgrupos de alunos: os atenciosos com facilidade para aprender; os desinteressados, mas com facilidade para aprender; os atenciosos com dificuldade para aprender; e os desinteressados com dificuldade para aprender. Nem todos participavam da aula, perguntando, questionando ou resolvendo os exercícios.
Por fim, a maior dificuldade observada foi (o grande número de conversas paralelas...etc) de alunos, o que dificultava o trabalho do professor regente e que com certeza dificultará o nosso também, no período de regência.
Pois, já que a turma apresentava níveis diferentes de aprendizagem, seria necessário um atendimento individualizado e com tantos alunos seria muito difícil. E esse será o nosso grande desafio.
Contudo, o início dessa fase nos proporcionou um entrosamento com outros estagiários, professor regente e comunidade escolar do campo de estágio para que exista efetivamente uma troca de experiência. Além disso, oportunizou condições de integração no contexto escolar para que possamos identificar características do funcionamento interno e da integração com a comunidade externa. E, sobretudo o conhecimento do desenvolvimento da turma para o planejamento das aulas de estágio.

3 Intervenção Pedagógica
Todas as etapas do Estágio Supervisionado II foram importantes e enriquecedoras, mas nenhuma delas se compara aos momentos mágicos vividos numa sala de aula que, apesar da pequena quantidade de alunos, requereu muito do estagiário.
Encarar frente a frente toda a dialética educacional, os problemas, como atrasos, o cansaço visível na face da maioria dos alunos, pois, muitos cochilam em alguns momentos da aula.
Além disso, foi muito proveitosa a troca de conhecimentos, a atenção que disponibilizaram cada um do seu jeito, para melhor compreensão dos assuntos e dos temas abordados, embora uma pequena parte, ou seja, dois (02) ou três (03) alunos que em alguns momentos precisaram ser chamados a atenção.
Pode-se também observar que o retorno foi muito bom não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação, mas pela atenção dispensada a cada atividade aplicada em sala de aula, via-se que a recíproca era verdadeira, uma vez que no último dia do referido Estágio foi desenvolvida uma atividade avaliativa da qual se obteve um resultado satisfatório de acordo com o nível de conhecimento de cada aprendente.
No começo os alunos ficaram meio inseguros principalmente os homens, uma vez que a professor estava sendo substituído por estagiários. No entanto após início dos trabalhos e com o andamento das aulas, os mesmos foram adaptando-se à metodologia aplicada em sala de aula.
Procurou-se elaborar aulas diferenciadas que despertassem a curiosidade e atenção dos mesmos; percebeu-se também o interesse cada vez maior, a interação com os assuntos abordados e a relação de amizade com os estagiários, explícitos nas palavras de apoio, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período. As atividades dadas em sala de aula, as pesquisas encomendadas foram realizadas com êxito por parte dos discentes, criou-se ainda, um laço afetivo muito forte, fato que proporcionou o sucesso no processo de ensino-aprendizagem bem como o reconhecimento do trabalho, empenho e profissionalismo dos estagiários.
No primeiro dia sempre dá um nervosismo, os olhares como quem diz: "já vem esses caras aí mudar tudo", assusta um pouco os alunos já acostumados com a didática do professor e a dinâmica das aulas ministradas, nos dias seguintes com a introdução dos assuntos e as dinâmicas aplicadas os alunos foram gostando do jeito diferenciado de passar as aulas e conseqüentemente aprendendo a matéria.
Nas aulas posteriores notava-se o explicito interesse e a interação se estabelecia de maneira expressiva, os alunos se ofereciam para ajudar a buscar livros, televisores, papeis e outros matérias que fossem ou seriam utilizados na aula, além das pesquisas sempre que solicitadas pelos estagiários e ainda a participação cada vez mais calorosa por parte dos mesmos.
O professor da sala a sempre muito prestativo se colocou sempre a disposição para sanar qualquer problema ou dúvidas que fossem surgindo, além disso, todos os profissionais da escola estavam à disposição e sempre que solicitados atenderam de forma muito gentil, sejam porteiros, zeladoras, merendeiras, diretores, secretários enfim todos estavam inseridos nesse processo de ensino-aprendizagem.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto neste relatório conclui-se que o estágio desenvolve uma atitude de autonomia, senso crítico e criatividade nos estagiários, possibilitando assim a descoberta de novos espaços e intervenções significativas para a formação de profissionais aptos e inteiramente dedicados a cumprir o seu papel de educador.
O relatório retrata ainda a realidade sobre o ensino da Língua Materna no ensino fundamental e médio, mostrando conteúdos programáticos, postura do professor em sala de aula, postura e receptividade dos alunos e principalmente as avaliações críticas a respeito de métodos utilizados que contribuem ou inibem o aprendizado dos alunos dessas séries. O relatório trata também da diferença existente entre o ensino em uma instituição particular e o da rede pública, pois infelizmente isso foi constatado em termos de estrutura, equipamentos, segurança e conforto oferecido aos alunos e professores e até mesmo o maior empenho de todos os profissionais envolvidos neste processo.
Após a aplicação deste atribuimos a grande importância do educador no processo de aprendizagem e na formação de cidadãos críticos e capazes de interagir em seu meio, não só no sentido de adquirir conhecimentos e sim de ampliar sua relação com o meio em que vive e atua.
O estágio foi um período em que buscamos vincular aspectos teóricos com aspectos práticos, foi um momento em que a teoria e a  prática se mesclaram para que fosse possível apresentar um bom resultado, e sobretudo, perceber a necessidade em assumir uma postura não só  crítica, mas também reflexiva da nossa prática educativa diante da realidade e a partir dela, para que possamos buscar uma educação de qualidade, que é garantido em lei (LDB - Lei nº 9394/96).
Realmente não foi fácil esse estágio, encontramos diversas dificuldades. Infelizmente, foram poucas as oportunidades de realização de um trabalho individual na tentativa de tentar sanar dificuldades específicas. Além disso, detectamos através de diálogos que os alunos gostam de estagiário. Pois é um momento diferenciado  e consequentemente agradável.  Buscamos na medida do possível dinâmicas para ministração das aulas, conversas informais sobre a importância do estágio e do estagiário.
As expectativas foram superadas, a etapa do estágio fora gratificante para nós. Pois precisamos ter uma postura efetiva de um profissional que se preocupa verdadeiramente com o aprendizado, que deve exercer o papel de um mediador entre a sociedade e a particularidade do educando. Devemos despertar no educando a consciência de que ele não está pronto, aguçando nele o desejo de se complementar, capacitá-lo ao exercício de uma consciência crítica de si mesmo, do outro e do mundo, como dizia Paulo Freire. Mas como fazer isso é o grande desafio que o educador encontra, no estágio não foi diferente, buscamos a cada momento ser mais que professores, sermos educadores.
Mas sem dúvida alguma o nosso aprendizado foi imenso, mesmo com as dificuldades e os revés, os pontos positivos foram uma experiência memorável.
Enfim, temos a sensação de que somos vitoriosos, por alcançar os objetivos  traçados para este estágio, por transpor as dificuldades encontradas e, sobretudo, conquistar se não todos os alunos, pelo menos uma parte.




REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
CEREJA, William Roberto; e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. 1ª ed. São Paulo: Atual, 203.
REVISTA Nova Escola, Edição 236, São Paulo. Editora Abril
IRANDÉ, Antunes, Aula de português – encontro & interação, São Paulo: Parábola Editorial, 2003.


[1] Experiência e Prática Docente na Escola Campo, Relatório apresentado ao curso de Licenciatura em Letras/Francês da turma (5LIC-F-T) como requisito final para a disciplina Estágio Supervisionado em Docência II (LP), do Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP. Elaborado sob a orientação da Profª. Fádia Cristina M. de Oliveira. Macapá, 2010

Um comentário:

  1. ótimo relatório! Mas eu já li outro relatório parecidíssimo com o mesmo.

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