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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Escola Estadual Castelo Branco

INTRODUÇÃO
            Este relatório tem por finalidade descrever o desenvolvimento do Estágio Supervisionado em Docência II, do curso de Licenciatura em Letras-Francês do Instituto de Ensino Superior do Amapá realizado no período de 25 de Outubro a 10 de Novembro de 2010 na escola Estadual Marechal Castelo. Sendo que nosso trabalho teve como base uma fundamentação teórica constando autores renomados no estudo da importância do estágio na formação do profissional de docência em Língua Portuguesa, com a orientação e supervisão da professora da disciplina de Estágio Supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa, Profª.  Fádia Cristina  M. de O. Silva.
O trabalho foi desenvolvido em etapas com objetivos definidos, procedimentos viáveis e didática própria para que o estágio pudesse contribuir para a formação critica e reflexiva do acadêmico de Letras quanto a estrutura que compõe uma instituição escola e como essa estrutura favorece ou não a prática pedagógica  de Língua Portuguesa nas escola públicas estaduais.
1 IDENTIFICAÇÃO DOS ACADÊMICOS E DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO
1.1 Dados dos Estagiários
Francinne Murielle da Silva
Patricia Tiele Aline da Silva Soares
Silvia Marinho dos Santos

Curso de Licenciatura Plena em Língua Portuguesa e Língua Francesa e suas respectivas Literaturas.

5 ͦ  período –Turma 5 LIC /FN – Ano 2010.
Inicio da Disciplina de Estágio Supervisionado em 08 de Agosto e término em 11 de Dezembro de 2010 perfazendo um total de 150 horas.

1.2 Dados da Escola – Campo de Estágio

Escola Estadual Marechal Castelo Branco, sito Av. Clodóvio Coelho n 145 bairro do Trem, nesta cidade de Macapá.

Professora colaboradora: Liliany Vaz dos Santos, 5 ͣ série do Ensino Fundamental, 1° turno e 35 alunos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN de 5ª a 8 ª série foram criados pelo MEC para auxiliar o professor a ampliar o horizonte dos seus alunos, preparando-os para um mundo cada vez mais competitivo.
O mercado de trabalhando vem mudando cada vez mais, se a forma como a sociedade vê alguns temas vem se transformando, o ensino na sala de aula também precisa mudar. Nesse sentido, os PCN apresentam idéias de como trazer esse novo mundo para as aulas.
O aluno de 3° e 4° ciclos tem em média entre 11 e 15 anos, segundo os PCN tratam-se de adolescentes, e por serem adolescentes o próprio corpo está em desenvolvimento, experimentando grandes transformações até mesmo no modo de pensar e agir. Essa fase é marcada pela luta de “ser ouvido”, que começa dentro de casa e continua na escola. A sala de aula será, então um espaço onde esse adolescente conseguirá opinar, argumentar seu ponto de vista e até mesmo aprendendo a respeitar as diferentes opiniões.
As relações educativas organizadas no ambiente escolar surgem a partir das relações interpessoais no processo de ensino e aprendizagem, em que o professor como educador não deve medir esforços para levar seus alunos à ação, à reflexão crítica, à curiosidades ao questionamento e à descobertas. O passo que podem criar uma falsa intimidade com alguns alunos, pode afastar ou causar conflitos com os demais. Dentro da sala este professor deve zelar por uma boa relação com todos os alunos tendo a consciência de que suas atitudes estão sendo observadas como parte integrante das informações que media.
Desta forma, com o passar do tempo o aluno irá desenvolver seus aspectos lingüísticos e intelectuais, e um deles será o domínio da linguagem.
No entanto, como bem sabemos, não basta saber falar e escrever, é preciso dominar a linguagem com todos seus elementos, escolhendo as palavras adequadas para cada ocasião, ter acesso a informações, protestar e defender suas opiniões, até mesmo culturais.
Com essa preocupação os PCN procuram levar em conta a realidade e os interesses dos próprios alunos, além de fugir das atividades mecânicas, valorizar menos a gramática normativa e utilizar o texto literário como um aprendizado em si. 
ANTUNES (2003, p. 20) diz que no processo de ensino e aprendizagem “o que passa a ter prioridade é criar oportunidades - oportunidades diárias para o aluno construir, analisar, discutir, levantar hipóteses, a partir das leituras de diferentes gêneros de textos – única instância em que o aluno pode chegar a compreender como, de fato, a língua que ele fala funciona”.  Diante do princípio de que toda atividade lingüística é textual,  também diz que:
                                                                        
A fala, a escuta, a escrita e a leitura de que falo aqui são necessariamente de textos; se não, não  é linguagem. Assim é nas questões de produção e compreensão de textos, e de suas funções sociais, que deve centrar o estudo relevante e produtivo da língua. Ou melhor, é o uso da língua- que apenas se dá em textos- que deve ser o objeto – digo bem, o objeto – de estudo da língua.( Antunes, 2003. p 111).

Em relação ao professor o mesmo afirma que ao professor “compete à ele ajudar o aluno a identificar os elementos típicos de cada gênero, desde suas diferenças de organização, de sequenciação até suas particularidade propriamente lingüísticas (lexicais e gramaticais)”  alargando assim o uso da língua.
Quanto aos conteúdos pragmáticos ele explica que “deve estar inserido com base na nova concepção de língua, revendo assim os conteúdos, os objetivos e os procedimentos do ensino da língua” em todas as fases da escolaridade, no qual prioriza “ampliar as habilidades do aluno como sujeito interlocutor, que fala, ouve, escreve e lê texto”.
Esses resultados revelam a necessidade de revisão de formas de ensino da língua e a criação de novas exigências pedagógicas. Como sugere BAGNO (2002), o professor de língua portuguesa “precisa ter recebido e continue a receber uma formação científica consistente, que se apodere dos resultados da pesquisa lingüística, que tome consciência das etapas de evolução e progresso do campo científico ao qual pertence”.
Dessa forma,  o estágio supervisionado é importante, pois sua realização e desenvolvimento dão oportunidades aos acadêmicos estagiário de vivenciarem as diversas situações do contexto escolar, proporcionando o contato com a realidade, onde o mesmo atuará, tendo como dimensões a interação professor aluno, os métodos e recursos que serão utilizados.
3 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA – CAMPO DE ESTÁGIO
3.1 HISTÓRICO
         O colégio Estadual Marechal Castelo Branco, foi criado pelo decreto nº065/69-GAB, de 02 de Dezembro de 1969. Recebeu tal denominação, em homenagem ao eminente brasileiro Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que ficou sendo seu patrono.
         A escola Estadual Marechal Castelo Branco, foi mantida pela entidade que a criou, subordinada administrativamente a secretaria de Estado da Educação. Apos a sua criação, funcionou provisoriamente em caráter precário nas instalações do grupo Alexandre Vaz Tavares, localizado a Av. Cap. Pedro Baião nº661 – Bairro do trem, ocupando 11 salas, com turmas de 1º a 4º series do ensino fundamental e apenas 3º turno.
         Com a demora na conclusão do prédio próprio pelo General Ivanhoé Gonçalves Martins, então suas salas foram transferidas para o colégio comercial do Amapá, que gentilmente nos cedeu 05 salas onde funcionavam as 05 turmas de 1º ano do ensino médio no ano 1972.
         Em 10 de Abril de 1972, foi inaugurado o prédio próprio pelo General Ivanho Gonçalves Martins, então Governador do extinto território Federal do Amapá, sito a Av. Clodóvio Coelho nº 145, Bairro do Trem, oportunidade em que passou a funcionar com todas as turmas.
         A partir de 1975 passou também a funcionar com o curso Fundamental (Lei nº 5.692/71), sendo apenas turmas de 5º série. Em 1978 passou a funcionar com turmas do ensino fundamental até 8ᵅ serie. Esta situação foi regularizada pelo parecer nº 07/77 – CETA.
        Atualmente a Escola Estadual Marechal Castelo Branco, funciona nos 03 turnos (manhã, tarde e noite), oferecendo ensino a nível de 5ᵅ a 8ᵅ séries do Ensino fundamental e ensino Médio. A Escola possui 796 alunos matriculados no Ensino Fundamental e 838 no ensino médio, perfazendo um total de 1.634 alunos. Além disso,este Estabelecimento conta com um corpo docente composto de 58 professores atuando em sala de aula.
        Hoje responde pela Direção do Estabelecimento: a Sra. Maria de Nazaré Pereira Góes, Diretora; Agente Administrativo, Uriene do Socorro Santos Rodrigues, Diretora Adjunta a partir do dia 31 de Março de 2009 e a senhora Enilde Raimunda Oliveira Barbosa, Secretária Escolar.

3.2 Descrição dos setores visitados
           As acadêmicas/estagiárias puderam visitar e observar todos os setores da Escola Estadual Castelo Branco.
          De modo geral, os setores encontram-se com uma estrutura aparentemente maleável, alguns departamentos precisam de reforma, mudanças que venham beneficiar o bem estar dos alunos para que estes sintam-se em um ambiente mais agradável e aconchegante. Pois sabemos que um ambiente limpo, bem cuidado nos proporciona um sentimento de prazer, e é justamente este prazer que a escola precisa investir, para que o aluno sinta-me mais motivado ao ir a escola.
4 O ESTÁGIO

4.1 Observação e participação no contexto escolar
 A disciplina Estágio Supervisionado em Docência II iniciou-se no dia 03 de Agosto do corrente ano, sendo concluída com uma carga horária de 150 horas em 18 de Dezembro. Realizamos varias atividades planejadas e com objetivos específicos. Alterando o cronograma em fase da disponibilidade de cada Escola-Campo pois cada realidade escolar possui uma dinâmica, organização e situação própria.
No dia 11 de Setembro trabalhamos em sala de aula com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, além do texto ”Ensino de gramática e qualidade de vida e também com o texto: O estágio como possibilidade de formação contínua”, onde novamente pudemos realizar uma breve leitura, destaque dos pontos principais e socialização do tema. No referido dia houve a seleção dos grupos, bem como as escolas para que pudéssemos ir à campo.
Em 18 de Setembro demos inicio as discussões dos tópicos em sala do texto ”O estágio como possibilidade de formação contínua.”, na qual os alunos puderam expressar seus pontos de vista conforme o desenvolver da discussão não fugindo do tema em questão.
Realizamos a entrega de resenhas do texto “Refletindo sobre a prática da aula de português”.
As aulas sempre ocorreram de forma dinâmica, com discussão e debate em sala de aula, após seleção dos principais tópicos para resumo, resenha ou atividades avaliativas.
Se tratando das ações nas escola-campo, as atividades foram executadas da seguinte forma:
O primeiro contato com a supervisão e orientação escolar ocorreu no dia 25 de Outubro. No entanto, somente no dia 26 do mesmo mês tivemos o primeiro contato com a professora de Língua Portuguesa das turmas de 5ª série do Ensino Fundamental. O contato com a professora nesse momento, nos possibilitou de acompanharmos a entrada e saída dos alunos durante uma semana. Ainda no dia 26 observamos o plano de aula, o PPP e PDE.
No dia 03 de Novembro pudemos participar da reunião de professores, bem como participarmos da Oficina “Gravidez na adolescência” com ênfase no aborto. Nesse dia a escola estava com uma programação proporcionando aos alunos diversas atividades culturais, como palestras, oficinas de dança, música, entre outras.
A análise do livro didático de Língua Portuguesa, observação da biblioteca e demais espaços escolares ocorreram nos dias 04 e 10 de Novembro. Na oportunidade, realizamos os registros fotográficos dos setores da escola à ser colocado no blog.
No período de 03 a 10 de Novembro realizamos a regência de classe, sendo no dia 03 a acadêmica Patricia Soares, 09 Silvia Marinho e 10 Francinne Silva.
Regência Pedagógica

4.2
Conforme citado anteriormente, as regências ocorreram entre 03 e 10 de Novembro. De acordo com todas as leituras realizadas desde a disciplina de Prática Pedagógica, sempre os autores enfatizam a importância de conhecermos o ambiente escolar, nos familiarizarmos com os alunos e levarmos as aulas de forma que alcancemos nossos objetivos o de ensinar. E com essa visão, nós levamos materiais que pudesse chamar a atenção das classes, que envolvesse todos, tornando a aula objetiva, dinâmica e mais distraída fazendo com que os alunos se sentissem à vontade, sem vergonha de perguntar ou até mesmo “errar”.
Durante a ministração das aulas utilizamos recursos visuais e audiovisuais como, textos impressos, vídeo com som, data show, notebook...
Segundo a avaliação da professora Liliany Vaz, a mesma aprovou nossos recursos, percebeu que a turma gostou das aulas, foi participativa e além disso o objetivo de ensinar e fazer com que os alunos compreendam o conteúdo foi alcançado.  
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No desenvolver de cada semestre as disciplinas de Prática Pedagógica e Estágio Supervisionado nos proporcionam uma maturidade em relação a prática de lecionarmos, isto é com essas disciplinas podemos presenciar o ambiente escolar como um todo, desde a estrutura física de uma escola até o ensino da língua em sala de aula.
Nesse sentido, o Estágio Supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa também contribuiu para essa maturidade, pois tão logo estaremos em sala de aula vivenciando de fato tudo o que temos experimentado.
Vemos a importância das disciplinas supracitadas, pois essas contribuem para o nosso desenvolvimento, tanto como acadêmicos nos aspectos intelectuais tanto para nossos conhecimentos como futuros educadores.
Referência
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003;
BAGNO, Marcos. Língua Materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola, 2002;
KULCSAR, Rosa. O Estágio Supervisionado como Atividade Integradora. In PINCONEZ, Stela C.B (org). A Prática de Ensino e o Estágio Supervisionado 2ª edição. São Paulo, Ed. Papirus. 1994;
Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino fundamental e ensino médio. Mistério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnologia. Brasília: Ministério da Educação, 1999;
REGO, T.C. Vygostsky. Uma perspectiva Histórica – Cultural da Educação. 12ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

Um comentário:

  1. Meninas, parabéns por esta etapa concluída e não esqueçam q dedicação e pontualidade é extremamente importante para o profissional ter êxito. Boa Sorte nas próximas etapas Prof Fádia.

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