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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Escola Estadual Santa Inês

ANTUNES, Irandé. Leitura: Repensando o Objeto de ensino de uma aula de Português; Livro: Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola editorial, 2003, p. 107 a 153.
Resenha feita pelas acadêmicas: Joyce Lima Oliveira, Rosilene de Oliveira Campo e Shyrlei Neves Pinheiro.                                                                     

          Leitura: Repensando o objeto de ensino de uma aula de português, organizado por Irandé Antunes. O tema abordado faz uma análise do ensino de português, enos atenta quanto aos professores em relação a observação da explicitação de cada princípio e de suas respectivas implicações que contém inúmeras pistas acerca do “que fazer” e do “como fazer”, para trabalhar a oralidade, a leitura, a escrita e a gramática nas aulas de Português.
           O professor quando chega a uma escola, imediatamente é repassado a ele o que será trabalhado durante o ano letivo, automaticamente, ele aceita tal condição imposta pela escola, o que prejudica o mesmo, pois ele se acostuma a esperar que lhe digam o que tem que fazer. Isso implica no comodismo do mesmo, ele repassa aos seus alunos o que é produzido por outra pessoa. O que sobressai, é um professor “transmissor de conhecimento”, ou melhor, “de conteúdos”. Ele precisa ser visto (mesmo onde atua ou por outras instituições) como alguém que, com os alunos (e não para os alunos), pesquisa, observa, levanta hipóteses, analisa, reflete, descobre, aprende e reaprende. O objeto da aprendizagem está previsto na definição das competências para o uso da língua como a oralidade, a leitura e a escrita, e a mudança no ensino do português não está na metodologia ou nas outras técnicas usadas, e sim, nas escolhas do objeto de ensino, daquilo que fundamentalmente constitui o ponto sobre o qual lançamos aos nossos olhares.
                A escola não deve ter outar pretensão senão chegar aos usos sociais da língua, na forma em que ela acontece no dia-a-dia da vida das pessoas pois, a língua acontece entre pessoas com uma finalidade, e a escola poderá afastar-se da perspectiva nomeadora e classificatória (centrada no reconhecimento das unidades e das suas nomenclaturas), com seus intermináveis e intricados exercícios de análise morfológica e sintática com que prioritariamente se tem ocupado (e com os quais ninguém pode interessar-se pela leitura, pela escrita ou por qualquer questão que diga a respeito ao uso da linguagem). O texto conduz análise e em função dele é que vamos recorrer às determinações gramaticais, aos sentidos das palavras, aos sentidos das palavras, ao reconhecimento que temos das experiências. Pois, no texto, a relevância dos saberes é de outra ordem. Ela se afirma pela função que eles têm na determinação dos possíveis sentidos previstos para o texto, e ele é que vai condicionar a escolha dos itens, os objetivos com que os abordamos e a escolha das atividades pedagógicas.
O que se deve pretender com uma programação de estudo do português, não importa o período em que aconteça ampliar a competência do aluno para o exercício cada vez mais pleno, mais fluente e interessante da fala e da escrita. Incluindo, evidentemente, a escuta e a leitura, ou seja, define-se o conteúdo programático em torno do qual o professor e aluno realizam sua atividade de ensino e aprendizagem já que as aulas são de falar, ouvir, ler e escrever textos em língua portuguesa.
             A atividade de ouvir constitui parte da competência comunicativa do falante uma vez que ela se implica em um exercício de ativa interpretação tal como acontece com o leitor em relação a escrita. Quase sempre o cuidado com a escuta tem apenas uma motivação disciplinar, sem que se mostre a função interativa de saber ouvir quem fala. Somente escutando com atenção é que se pode aceitar o que o outro diz. As atividades em torno da oralidade acima sugeridas devem privilegiar os usos mais formais do discurso oral, normalmente aqueles usos próprios da comunicação pública por oposição a comunicação privada que fazemos em nosso ambiente particular de atuação. As circunstâncias de falar em público exigem o cumprimento de certas convenções sociais que interferem na organização do que dizer e na forma de como dizer.
             Referente a escrita, a única linguagem que faz sentido, para qualquer pessoa, é aquela que expressa o que queremos dizer, por algum motivo, de nós, dos outros, das coisas, do mundo. O professor faria bem se conseguisse criar, já nos primeiros anos escolar o hábito de o aluno planejar seu texto, fazer seu esboço, fazer a primeira versão e, depois, revisar o que escreveu, naturalmente, sem culpa, sem achar que ficou errado, aceitando as reformulações como algo normal e previsível. Quanto a leitura, é importante que o aluno, sistematicamente, seja levado a perceber a multiplicidade de usos e de funções a que a língua se presta, na variedade de situações em que acontece, ajudando o aluno a identificar os elementos típicos de cada gênero, desde suas diferenças de organização, de sequenciação até suas particularidades propriamente linguísticas.
A gramática na perspectiva da linguagem como forma de atuação social viria incluída naturalmente. O que passa a ter prioridade não é ensinar as definições e os nomes das unidades, nem treinar o reconhecimento dessas unidades, é preciso, criar oportunidades para o aluno construir, analisar, discutir, levantar hipóteses, a partir da leitura de diferentes gêneros de textos, só assim, o aluno poderá compreender de como, de fato, a língua funciona. O que Neves e Nóbrega vêm afirmando, é que se pretende que a aula não pare nas terminologias e nas classificações e que os exercícios de gramáticas não sejam apenas o exercício de reconhecimento das diferentes unidades e estruturas gramaticais. O professor deve atentar que mesmo quando se está fazendo a análise dos usos da língua, entende-se mais e melhor o funcionamento das unidades gramaticais. E é necessário que se analise, pesquise o uso da linguagem, e a mediação do professor deve ser encaminhada para explicitar o funcionamento dos sentidos do texto. O aprendizado sistemático da língua terá mais proveito se o professor partir daquilo que não sabe ainda. Essas necessidades são detectadas quando se confronta o que ele já sabe com aquilo que ele ainda precisa aprender, a fim de se comunicar adequadamente. Ele como educando, deve explorar sua própria capacidade de pensar, de criar, de inventar para ver como as oportunidades surgem.
 A gramática supõem um conjunto de regras e normas que especificam o uso e o funcionamento da língua, e o livro didático e a sobrecarga de trabalho em sala de aula, deixaram o professor sem oportunidade de criar seu curso. Nada tinha que ser inventado. Tudo estava lá. O que se pretende agora é diferente. Mesmo com o livro didático (o que está bem melhor, diga-se de passagem), pretende um professor que lê (tudo!), que pesquisa, que observa a língua acontecendo, no passado e agora, em seu país, em sua região, em sua cidade, em sua escola, e que sabe criar suas oportunidades de analisar e de estudar os fatos linguísticos que pesquisou.
É importante ressaltar, que o ensino da gramática não deve ocorrer apenas para proteger ou conservar a composição da língua, mas para auxiliar o aluno no conhecimento de sua própria língua, por isso, é necessário que o professor se utilize de outros recursos didáticos que possam ser trabalhados com os alunos. A gramática deve sempre interagir com o texto, pois, o professor reúne dentro dele: a oralidade, a leitura e a escrita. Logo, o professor tem que buscar uma formação continuada, pois, é necessário para que a efetiva transformação do ensino se realize, implicando assim, revisão e atualização dos mesmos. E que ele procure cada vez mais acompanhar a evolução do ensino.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA II

INTRODUÇÂO
Esse trabalho tem por objetivo, relatar o desenvolvimento do grupo no Estágio Supervisionado em Docência II, do curso de Licenciatura Plena em Letras do Instituto de Ensino Superior do Amapá.
No que concerne o estágio, o grupo ressaltou que ele é um suporte da pesquisa de campo, uma vez que, ele os integra ao convívio direto com a escola como um todo.
O relatório divide-se em três etapas. Na primeira, obtêm-se várias informações teóricas que deram suporte para elaboração de um trabalho organizado, conciso e eficaz dentro da academia.
O segundo momento, foi feito uma pesquisa na qual, realizou-se na escola – campo, a partir de observações e diagnóstico do contexto escolar possibilitando ao grupo o planejamento de ações, para assim, intervirem na escola.
No terceiro momento, houve a sistematização dos dados  pesquisados para que o grupo pudesse planejar suas intervenções. Executação das propostas que foram elaboradas, com isso, o grupo obteve através deste, conhecimentos e experiências, a partir do estágio.
O estágio supervisionado possibilitou o contato entre o grupo e a escola campo, contribuindo assim, para a formação profissional deste, uma vez que, através dele, o grupo observou e aprendeu com a professora atuante na área, propiciando uma reflexão da importância de todo o ambiente escolar para o ensino e aprendizagem da língua materna.
O grupo viu os esforços de alguns alunos em aprender e o interesse em participar das aulas, o que o deixou bastante feliz.
 
         As relações humanas embora complexas, são peças fundamentais na realização comportamental e profissional de um individuo. Dessa forma, a análise dos relacionamentos entre professor e aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana. Nesse sentido, a interação estabelecida entre professor e aluno caracteriza-se pela seleção de conteúdos, organização, sistematização da metodologia de ensino para facilitar o aprendizado.
Paulo Freire afirma que “Não basta querer para mudar o mundo. Querer é fundamental, mas não é suficiente, é preciso também saber querer, aprender a saber querer, o que implica aprender a saber lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes com nossos sonhos estratégicos”.
                                                                                         

1 IDENTIFICAÇÃO
1.1 DADOS DOS ESTAGIÁRIOS
Joyce Lima Oliveira
Rosilene de Oliveira Campos
Shyrlei Neves Pinheiro

Curso de Licenciatura em Letras
5 Período – Turma 5 LIC – F.N – Ano 2010

Início da Disciplina Estágio Supervisionado em 21 de Setembro de 2010 e término em 12/12/2010, perfazendo um total de 150 horas/ aulas.

1.2 DADOS DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO
Escola Estadual Santa Inês, localizada na rua: Beira Rio, número 369, no Bairro Santa Inês, na cidade de Macapá – AP.

Telefone para contato: (96) 3212-5243

Professora Colaboradora:
Adma Maria Ataíde de Castro


2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma das questões que preocupam os professores das escolas de ensino fundamental e médio é a questão em se trabalhar em sala, com os alunos, a oralidade, a escrita e a gramática. Antes, os professores tinham a concepção em se trabalhar apenas com as regras gramaticais, fazendo com que o aluno, centrasse seus conhecimentos apenas nas normas gramaticais, esquecendo-se em trabalhar em sala, a oralidade e a escrita. Os alunos, apenas estudavam sem ter a preocupação com a maneira com que escreviam ou falavam, e o professor era visto como “gramatiqueiro”. Surge então, os PCN que vêm apresentar propostas de trabalhos para os professores, que valorizam a participação crítica do aluno diante da sua língua e que mostram as variedades e pluralidade de uso inerente a qualquer idioma. Para Sírio Possenti, o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido. Dizer que é inútil ensinar aos alunos domínio do dialeto padrão é preconceito, pois segundo o qual, seria difícil aprender o padrão. Apesar, de usarem o dialeto não padrão, isso não implica em nada no ensino e aprendizagem dos mesmos. Segundo Possenti, as razões pelas quais não se aprende, ou se aprende e não se usa um dialeto padrão, são de outra ordem, e têm a ver em grande parte com os valores sociais dominantes e um pouco com estratégias escolares discutíveis.
A chamada língua padrão, segundo Possenti, é de fato o dialeto dos grupos sociais mais favorecidos, como se fosse o único dialeto válido, seria uma violência cultural. Isso porque justamente com as formas linguísticas (com a sintaxe, a morfologia, a pronúncia, a escrita), também seriam impostos os valores culturais ligados às formas ditas cultas de falar e escrever, o que implicaria em destruir ou diminuir valores populares. Os equívocos aqui parece-me é o de não perceber, que os menos favorecidos socialmente só têm a ganhar como domínio de outra forma de falar e de escrever. Desde que se aceite que a mesma língua possa servir a mais de uma ideologia, a mais de uma função, o que parece hoje evidente. Qualquer pessoa, principalmente as crianças, aprende com velocidade muito grande outras formas de falar, sejam elas outros dialetos, ou outras línguas. Portanto, nenhuma das razões para não ensinar o dialeto padrão na escola tem alguma base razoável.
Logo o domínio do português padrão consiste do ponto de vista da escola, da aquisição de determinado grau de domínio da escrita e da leitura. É evidentemente difícil fixar os limites mínimos satisfatórios que os alunos deveriam poder atingir. Mas parece razoável imaginar, como projeto, que a escola se proponha como objetivo que os alunos, aos 15 anos de vida e 8 de escola, escrevam sem traumas, diversos tipos de textos (narrativas, textos argumentativos, textos informativos, atas, cartas de vários tipos, etc.) e leiam produtivamente também variados textos (Jornalísticos, de divulgação científica, técnicos e Literários). Pois são poucos os alunos que ingressam no segundo grau que excutam esses dois tipos de atividade com frequência e naturalidade. Logo, ler e escrever não são tarefas extras que possam ser sugeridas aos alunos como lição de casa e atitude de vida, mas atividades essenciais ao ensino da língua. Portanto, seu lugar privilegiado, embora não exclusivo, é a própria sala de aula.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN — são referências para os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. O objetivo dos PCN é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.

A própria comunidade escolar de todo o país já está ciente de que os PCN não são uma coleção de regras que pretendem ditar o que os professores devem ou não fazer. São na realidade, uma referência para a transformação de objetivos, conteúdos e didática do ensino.
         Os objetivos do PCN é orientar o professor, no que concerne a língua portuguesa, ajudando o mesmo na sua formação continuada, constituindo assim, um referencial da qualidade dos mesmos. E junto à ele ajudar na socialização, discussão, pesquisa, ou seja, faz-se necessário antever a disciplina, uma vez que o estudo da língua portuguesa na escola aponta para a gramática utilizada nas escolas, que até hoje encontra-se, em grande parte, no entendimento da nomenclatura gramatical, ou seja, ensina-se gramática como “decoreba” e o PCN vem de encontro afirmando que, a disciplina de língua portuguesa deve ser articulada com os pressupostos da área. Ele é considerado uma “bússula” para o professor se orientar.
              De acordo com os PCN é necessário atentar quanto ao ensino da leitura e escrita e produção de texto, uma vez que não basta falar é necessário saber falar, escrever com coesão e coerência, assim o aluno poderá produzir bons textos.
              O processo de ensino e aprendizagem de língua portuguesa, deve pressupor uma visão sobre a linguagem verbal, caracterizada como construção humana e histórica do sistema linguístico e comunicativo em determinados contextos. A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e o discurso que se produz, e a função comunicativa é o principal eixo de sua atualização e a razão do ato linguístico.
              De acordo com o PCN a língua portuguesa está dividida em duas partes: Objetivos e conteúdos e a relação texto oral-escrito. Prática de escuta de textos orais e práticas de produção textuais, análise linguística como um campo de conhecimento em transformação.
             De acordo com os PCN, os gêneros textuais devem ser trabalhados de maneira que o aluno consiga produzi-los em sua vida social, fazendo uma abordagem do assunto trabalhado e discutí-lo de acordo com jornais, revistas em quadrinhos, músicas, é necessário prender a atenção do aluno quanto aos gêneros textuais.
            Os professores concordam que o processo educativo e mais especificamente, a construção do conhecimento, são processos interativo e relacionam-se entre si. Portanto, nessa relação eles transmitem e assimilam conhecimentos, trocam idéias, expressam opiniões, compartilham experiências, manifestam suas formas de ver e conceber o mundo e veiculam os valores que norteiam suas vidas. A interação humana tem uma função educativa, como professor e aluno pois é convivendo com seus semelhantes, que o ser humano é educado e se educa.
         É por intermédio da relação professor e aluno que o conhecimento vai sendo coletivamente construído. O educador na sua relação com o educando, estimula e ativa o interesse do aluno e orienta o seu esforço individual para aprender, assim sendo, o professor tem basicamente duas funções na relação com o aluno:
-uma função orientadora, pois deve orientar o esforço do aluno para aprender, ajudando-o a construir seu próprio conhecimento.
-uma função incentivadora, pois ele deve aproveitar a curiosidade natural do educando para despertar o seu interesse e mobilizar seus esquemas cognitivos (esquemas operativos de pensamento).
Umas das grandes preocupações dos professores em sala de aula, está no ensino da gramática repassado aos alunos. Pois segundo os mesmos, discute-se bastante em ensinar gramática nas escolas de ensino fundamental e médio. Sírio Possenti, adota uma política de controvérsia à exigência da norma culta na linguagem cotidiana, e logo surge a questão: por que se ensinar gramática na escola se boa parte de nossa comunicação no dia-a-dia é feita de modo não verbal? É difícil para um aluno usar essa norma culta no seu cotidiano, uma vez que, para usá-la deve-se observar para que público está se dirigindo. Pois, a norma culta apresenta incoerências se a considerarmos como o correto, pois na língua portuguesa ela sempre sofre modificações e isso acaba gerando dúvidas quanto ao seu objetivo, por parte dos professores da língua materna e também pelos próprios alunos, que consideram a gramática, um meio para “falar e escrever correto”.
             Logo surge a dúvida? O que é gramática afinal? Para Sírio Possenti, existem três tipos de gramáticas presentes no ensino escolar dos alunos: a gramática normativa, a gramática descritiva, a gramática internalizada. Segundo o autor, o modo de ensino do professor implica diretamente no aproveitamento e no rendimento dos alunos em sala de aula no que diz respeito ao ensino da gramática.
             A gramática normativa (Possenti,2003), é aquela onde o aluno está mais habituado desde a sua iniciação escolar e que permanece até o final do ensino médio, e constituem-se de regras (normas) que o aluno deve seguir e decorá-la através de exercícios propostos pelo professor de gramática, não refletindo a importância dessa memorização, ou qual seu objetivo em aprendê-la afinal. Seu estudo baseia-se em um conjunto de regras que se aplica no ensino da língua portuguesa nas escolas- NGB.
             A gramática descritiva (Possenti,2003) é aquela onde os linguistas descrevem ou tentam explicar como as línguas se orientam numa determinada sociedade. Sua característica difere da gramática normativa, no qual, as regras devem ser seguidas, sem importar se os alunos estão acostumados a usá-la, pois, na descritiva, os alunos seguem um determinado tipo de regras comum sem ser exigência, tornando-se normalidade na língua. E segundo Possenti, pode sim haver mudanças na língua, o que é muito comum e natural, e os falantes persistem nessa mudança.
A gramática internalizada (Possenti,2003), é um “conjunto de regras que o falante domina”, e está próximo ao idioleto, e de onde habitaria a produção de frases concisas e objetivas de acordo com essas regras, (não no sentido normativo e sim, no de uso comum) que o usuário internaliza e domina. Esse tipo de gramática condiz em parte, com o número de palavras que uma pessoa possui em seu vocabulário e de onde se gera o mito da ascensão social pelo mesmo.
             O questionamento sobre o que seja a gramática, em sala de aula, talvez não possa ser considerado o mais importante, pois, uma prática pedagógica difere da atual, uma vez que, se ensina somente sua norma e não sua aplicação, seu objetivo, sua importância, pois é sem dúvida a melhor forma de mostrar aos alunos de ensino fundamental que a gramática em si, não é um conteúdo que se aprende apenas o português, ela faz com eles aprendam e reflitam como acontece com outras disciplinas, sem que seja a língua portuguesa.
             Cabe ao professor utilizar uma metodologia em sala que vá aguçar a curiosidade do aluno, no que concerne o ensino e aprendizagem dos mesmos. Pois vemos que seus objetivos estão mal colocados, ao invés de ensiná-la apenas como “decoreba”, o que faz da gramática uma disciplina rejeitada pelos alunos e, cabe ao professor atentar quanto a sua metodologia adotada em sala que muitas vezes, é inadequada, e precisaria também fazer uma organização lógica de seu ensino. O professor pode usar uma letra de música e trabalhar nela, a escrita, a oralidade e a gramática em si. O que deixaria o aluno mais participativo em sala. O que está errado, segundo os alunos, é o ensino gramatical e o necessário seria mudá-lo relacionando com a necessidade de aprendizagem dos próprios alunos e possibilitando a eles estudarem a gramática sem medo de errar.
             Para o PCN, a língua portuguesa é apresentada como uma área em mudança, no que se refere ao ensino, pois tem se passado do excesso de regras e tradicionalismo, o que são típicos das escolas para um questionamento de regras e comportamentos linguísticos. No que costuma chamar de “ensino descontextualizado de metalinguagem” (p.18), o texto é usado como pretexto para tirar exemplos de “bom uso” da língua, descontextualizados e fora da realidade do aluno, mostrando uma teoria gramatical inconsistente, já a perspectiva mais crítica de ensino de língua portuguesa, apresenta a leitura e a produção de textos com base para a formação do aluno, mostrando a eles, que a língua é um somatório de possibilidades condicionadas pelo uso e pela situação discursiva. Assim, o texto é visto como unidade de ensino e a diversidade de gêneros deve ser privilegiada na escola.
             De acordo com o PCN, “toda educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva” (p.23). E nessa concepção das situações discursiva que o aluno poderá se constituir como cidadão e exercer seus direitos como usuário da língua. Logo, é necessário que o foco do ensino saia das regras pré-estabelecidas, para se basear na análise de textos, visando a compreensão e produção.
Cabe ao professor incluir textos orais no ensino da língua, pois antes, eles não enfatizavam a oralidade em sala de aula. Segundo os PCN, é a pluralidades de textos, orais ou escritos, literários ou não, que fará com que os alunos percebam como se estrutura sua língua. Outros aspectos importantes é a importância do trabalho com textos produzidos pelos alunos, as chamadas “redações”, os professores deveriam atentar quanto ao uso da mesma em sala, uma vez que elas poderiam ser analisadas e usadas em sala para mostrar aos alunos que eles são produtores de textos, e que a gramática não é algo tão abstrato, assim, os alunos vão perceber as variações da língua.
    De acordo com os PCN, o que mais chama a atenção, é a maneira como são apresentadas as diferentes práticas de trabalhos  com a linguagem, cujo objetivo é desenvolver no aluno: o domínio da expressão oral e escrita em situações de uso público da linguagem, levando em conta a situação de produção social e material do texto (lugar social do locutor em relação ao destinatário e seu lugar social, finalidade ou intenção do autor, tempo e lugar, material da produção e suporte) e selecionar, a partir disso, os gêneros adequados para a produção do texto, operando sobre as dimensões pragmáticas, semânticas e gramaticais (p.49).
          Vemos constantemente discussões acerca da gramática nas escolas de ensino fundamental e médio e, a questão atual está longe de um simples plano de aula destinado às aulas de português pelo professor.
           PERINI (2002), além de mostrar no próprio título uma questão ambígua, sofrendo a gramática, revela alguns fatores conhecidos e não resolvidos, que influenciam na desagradável rejeição da gramática. Segundo o autor (PERINI, 2002, p.49), “o ensino da gramática tem três defeitos, enquanto disciplina: primeiro, seus objetivos estão mal colocados, segundo, a metodologia adotada é seriamente inadequada, e o terceiro, a própria matéria carece de organização lógica”.    
             No que concerne aos objetivos mal colocados, necessita-se refletir sobre o verdadeiro papel da gramática na escola. Segundo PERINI (2002, p. 49), muitos professores dizem que o estudo da gramática é um dos instrumentos que levarão a aluno a ler e a escrever a um domínio adequado da linguagem padrão escrita, e é devido a isso que os alunos começam a ter a mesma concepção do que seja gramática.
               Segundo PERINI (2002, p.49) o que está errado, é o ensino gramatical e o necessário seria mudá-lo relacionando com a necessidade de aprendizagem dos próprios alunos e possibilitando a eles, estudar a gramática sem esse sentimento de frustração, inutilidade e finalmente ódio que tantos experimentam (PERINI, 2002, p. 49).
               Enfim, vê-se nessa discussão sobre o ensino da gramática na escola que tem que considerar o ensino da mesma como algo para ser acrescido no conhecimento dos alunos semelhante ao que acontece às outras disciplinas. Segundo PERINI (2002, p.55), deve-se estudar gramática para saber mais sobre o mundo, não para aplica-la à solução de problemas práticos.
               Atualmente, vemos que mesmo tendo diversas opiniões sobre o ensino de gramática, os próprios alunos já estão começando a discutir e se habituar à questão, logo, cabe ao professor ajuda-lo nessa descoberta sobre o uso da gramática nas escolas.
               Diante disso, cabe aos professores reconsiderar que o estudo de gramática já não funciona mais se for somente baseado na teoria sem ter uma aproximação do porquê de sua utilidade.


3 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA – CAMPO DE ESTÁGIO
3.1 Histórico da escola- campo
A Escola Estadual Santa Inês está localizada na rua: Beira Rio, número 369, no bairro Santa Inês. Foi criada no dia 16/02/1990, sob ato de portaria – 0050/90 SEED e ato de autorização de funcionamento de número 0315/92, em 22/07/92, e foi reconhecida pela resolução 0091/OOCEE, de 18/09/2000.
O nome da Escola deve-se a escolha da própria comunidade do bairro, que procurou homenagear Santa Inês, sua padroeira.
A professora Maria Oscarina Machado de Oliveira foi a primeira diretora da Escola Estadual Santa Inês, e os seus sucessores conforme quadro abaixo, com seus respectivos períodos de atuação, a mesma funcionava apenas com as seguintes modalidades de ensino: Ensino Especial, Ensino Fundamental e Ensino Supletivo.



Ano
Diretor (a)
2
01 a 05/1991
João Andrade Uchôa
3
06/1991 a 05/1992
Naíde da Silva Moraes
4
06/1992 a 07/1993
Cila França Trindade
5
08/1993 a 02/1994
Benedito Rodrigues Barbosa
6
03/1995 a 03/1998
Euclides Barbosa Gesta Neto
7
01 a 03/1997
Nazaré Aparecida Pereira Vilhena
8
04 a 06/1998
Rita Flexa Viana
9
06/12/1998 a 12/2002
Luis Carlos da Silva
10
02/2002 a 01/2003
Marlon Assis Pastana
11
02/2003 a 30/01/2005
Armando Souza da Costa
12
01/02/2005
Delma Maria Sarmento Correia



Atualmente, a Escola Estadual Santa Inês, oferece a comunidade o Ensino de 5 à 8 séries (Fundamental e Regular), Educação de Jovens e Adultos - EJA (Ensino Fundamental e Ensino Médio). Tudo isso sobre a gestão da professora  Delma  Maria Sarmento Correia e tendo como entidades mantedoras, Órgãos Administrativos Estaduais e Federais. 
A Escola também recebe o apoio da Secretaria de Educação, e Divisão Técnico – Pedagógica/ NITEP com acompanhamento das atividades desenvolvidas no dia-a-dia.
3.2 Aspectos Pedagógicos
A escola Estadual Santa Inês possui o Projeto Político Pedagógico, sua linha filosófica e a Crítico Social dos conteúdos no Ensino Fundamental e libertadora na educação de jovens e adultos.
A Escola planeja suas atividades através de reuniões pedagógicas, onde está em fase de elaboração o Regimento interno, possui como órgãos colegiados o conselho de classes, professor conselheiro, representante de turma e coordenação de área, os mesmos, tem como objetivo final, orientar e acompanhar o bom desenvolvimento do aluno.
A Coordenação pedagógica trabalha de forma integrada, com reuniões quinzenais envolvendo supervisão e orientação em um só pensamento em prol do aluno. Quanto à sistemática de avaliação, a Escola adota o Padrão da SEED, pois ainda está em fase de elaboração de sua própria sistemática, sendo assim, a Escola faz alguns ajustes à Sistematização Padrão para adequar a realidade de sua Clientela, contando assim com 3 (três) instrumentos avaliativos no período normal de aula e reavaliando o aluno, caso haja necessidade em semanas subsequente a avaliação com baixo rendimento, revendo o conteúdo não assimilado.
A recuperação final se dá no final dos quatros bimestres, para alunos que não conseguiram os pontos para passar no ano letivo normal. A Escola também oferece a dependência como instrumento de recuperação, evitando com isso, que o aluno venha perder um ano todo com a repetência. A dependência é oferecida durante todo o ano letivo.
Na parte diversificada da matriz curricular, a escola conta com Ensino Fundamental com a Língua Francesa e Oficina de Trabalho, no Ensino Médio: Língua Francesa, Filosófica e Sociologia. No processo ensino e aprendizagem, a relação (professor – aluno –coordenação pedagógica, direção, pessoal administrativo, apoio e pais) busca-se dinamizar cada vez mais com respeito e compromisso.
A Escola possui experiências pedagógicas significativas e inovadoras, entre elas o Projeto Folclore, cultura e tradição realizada ao longo de cincos anos, o qual resgatou o interesse e o respeito pelas nossas tradições e o Projeto Encontro com as Artes é trabalhado no decorrer do ano, e com apresentações no final do ano letivo.
A Escola também oferece aos alunos e a comunidade Projetos; Jogos internos; Escola Santa Inês: uma aula de cidadania; Liderança e Cidadania, Karatê, Judô e Dança de Salão. E também está com o programa Segundo tempo com as modalidades em: Voleibol, Basquete e atletismo.
Atualmente a escola está se preparando para receber em 2011 alunos portadores de deficiência física, pois a mesma está construindo rampas de acesso aos cadeirantes, que poderão se locomover sem nenhum problema.
O Projeto Político Pedagógico está implantado na Escola Santa Inês desde 2007 com objetivo de proporcionar e nortear os caminhos às práticas pedagógicas da Instituição de Ensino Público, com o intuito de reduzir o índice da evasão escolar, reprovação e violência no ambiente escolar, garantindo assim, um ensino e aprendizagem de qualidade ao aluno. 
O PPP é a base orientadora do trabalho educacional desenvolvido na Escola Santa Inês, e tem como suporte teórico a Legislação Educacional em vigor e seus respectivos dispositivos legais. E foi elaborado pelos educadores (as), alunos (as), pais, funcionários (as) e colaboradores (as).
O PDE no Ano de 2010 repassou a Escola o valor de 18.000,00 que foram utilizados para adquirir materiais para projetos e campanhas de combate às Drogas, reformar o cantinho da leitura e a biblioteca, comprar centrais de Ar, adquirir jogos pedagógicos e lúdicos e contratar serviços de instalação das centrais de ar.
3.3 Estrutura Física
         A Escola Estadual Santa Inês possui uma boa estrutura física, é construída toda em alvenaria, possui 10 salas de aulas, todas com ventiladores de teto, e com quadro magnéticos, 01 sala de professores, 01 biblioteca, 04 banheiros para alunos (2 masculinos e 2 femininos), 01 banheiro para funcionários, 01 refeitório, 01 laboratório de informática com internet banda larga, 01 TV Escola, 01 quadra poliesportiva, 01 área livre para lazer, 01 sala de leitura, 01 laboratório de ciências, 01 sala de esporte (Judô), 01 Diretoria, 01 Coordenação Pedagógica.
3.4 Corpo Docente
A Escola Estadual Santa Inês está sob a gestão da Professora Delma Maria Sarmento Correia e tem como Diretora Adjunta e Secretária Administrativa: Édila da Silva Morais, como secretária escolar: Maria Rute Mendes Lameira e na Coordenação pedagógica: Iranilde de Andrade Oliveira (Coordenadora turno da tarde), Maria Madalena Cordeiro de Souza (Coordenadora do turno da noite) e Vânia Ribeiro dos Santos, (Coordenadora pelo turno da manhã), formada em Licenciatura Plena em Pedagogia, Pós em Coordenação Pedagógica (especialização) e Pós em Psicopedagogia (especialização), é Professora em sala de aula desde 2001 até 2005, e Coordenadora pedagógica desde 2006.
A Escola disponibiliza de dois auxiliares de disciplina, que recepcionam os alunos e também controlam o fluxo de pessoas na escola, os alunos, a partir do momento que entram, não podem mais sair. Essa medida de precaução é para evitar que os mesmo se dirijam para a beira do rio ou para a praça do forte que ficam próximos à Escola Santa Inês.
A Escola conta com 36 professores distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite, sendo todos graduados. Acompanhamos a professora de Língua Portuguesa Adma Maria Ataíde de Castro, com 14 anos de experiência, formada em Licenciatura Plena em Letras e especializada em Língua Portuguesa, pela UFPA.
A instituição escolar atende 532 alunos regulamente matriculados, distribuídos em três turnos, onde cada turma varia de 28 a 35 alunos em sala de aula. Veja quadro abaixo:
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS MATRICULADOS
Atualmente atende Fundamental, Fundamental e Médio – EJA,
Fundamental – Regular: manhã 04 turmas de 5 a 8 séries
Fundamental – Regular: tarde 04 turmas de 5 a 8 séries
Fundamental – EJA: tarde: 02 turmas 3 a 4 etapa
Fundamental – EJA: noite: 03 turmas 3 e 4 etapa
Médio – EJA: noite: 04 turmas 1 e 2 etapa
Fundamental – Regular: manhã 93 e tarde 96 = 218
Fundamental – EJA: tarde e noite 136
Médio – EJA: noite 178
Total: 532
 A Escola atende alunos da comunidade local (Santa Inês), do Aturiá, do Araxá, do Mucajá e das Pedrinhas, à situação sócio - econômica dos alunos, são de famílias de baixa renda, sem empregos fixos e fazem parte de programas sociais do Governo do Estado e/ou Federal, quanto a evasão escolar, acontece somente no turno da noite, pelos alunos do EJA, que abandonam a escolar por motivos de doença, família e condições financeira.


4 ETAPAS DO ESTÁGIO
4.1 O Estágio e Orientação Teórica no IESAP
A Disciplina Estágio Supervisionado II iniciou- se no dia 21 de Agosto deste ano de 2010, sendo concluída uma carga horária de 150 horas/ aulas concluindo em 11 de Dezembro.
O Estágio Supervisionado desenvolveu-se em quatro etapas que relacionam-se. A primeira envolve conhecimentos teóricos em sala de aula, a segunda observação e participação na escola – campo, a terceira sendo a regência de classe e a quarta a intervenção pedagógica.
No que concerne o Estágio Supervisionado, a etapa inicial aconteceu no dia 21 de Agosto de 2010 com apresentação do Plano de Ensino. Em seguida, realizou-se a com a leitura do texto: Refletindo sobre a prática da aula de português. Foi feito a leitura do texto em sala, a professora Fádia Cristina pediu aos acadêmicos que destacassem no texto, as idéias-chave dos tópicos e socializassem. A professora pediu aos acadêmicos para que fizessem uma resenha a partir do texto: Repensando o objeto de ensino para uma aula de português.
No dia 28 de Agosto, realizou-se leitura do texto: Ensino de gramática e qualidade de vida.
No dia 11 de Setembro a professora Fádia Cristina trabalhou em sala com uma aula sobre Estágio e Docência: Lei de Diretrizes e bases.
No dia 25 de Setembro a professora Fádia Cristina comentou e explicou sobre: O estágio como possibilidade de formação contínua, separando tópicos para cada grupo defender em sala suas opiniões, e recebeu as resenhas crítica do texto de Irandé Antunes (capítulo 03 do livro: Aula de português) Repensando o objeto de ensino para uma aula de português.
         No dia 02 de Outubro a professora deu sequência da socialização dos tópicos em sala, com os pontos mais relevantes do texto, e as acadêmicas Joyce, Rosilene e Shyrlei tinham como tópico, 2.1- Eixo conceitual: o estágio tem por base a reflexão a partir da práxis docente. Após as apresentações a professora Fádia Cristina fez uma explanação do Plano de Estágio.
No dia 23 de Outubro, a professora recebeu uma atividade sobre os PCN, e auxiliou a turma sobre como intervir na escola campo e explicou sobre o Plano de Aula.
No dia 13 de Novembro, a professora recebe: Plano de Aula e Plano de Estágio.
No dia 27 de Novembro, a professora Fádia socializou sobre o relatório em sala.
No dia 04 de Novembro a professora Fádia Cristina fez uma revisão nos relatórios dos acadêmicos em sala.
No dia 11 de Novembro, a professora Fádia Cristina, recebeu os relatórios e os anexos (documentos da escola campo, as fotos).
Obs: Falta apenas, a criação do Blog.
4.2 Observação e Participação no contexto escolar
         A etapa de observação e participação ocorreu entre os dias 27 de Outubro a 19 de Novembro do decorrente ano na Escola Estadual Santa Inês, sob a orientação da Professora Adma Maria Ataíde de Castro e realizada pelas acadêmicas, Joyce Lima Oliveira, Rosilene Campos de Oliveira e Shyrlei Neves Pinheiro.
No dia 27 de Outubro de 2010, a acadêmica Shyrlei teve o primeiro contato com a Diretora da Escola Estadual Santa Inês, Delma Maria Sarmento Correia. E no mesmo dia, as acadêmicas Joyce Lima e Rosilene Campos tiveram o primeiro contato com a Coordenação Pedagógica e com a professora Adma. No dia 06 de Novembro, as acadêmicas Joyce e Rosilene observaram o espaço escolar e a entrada e a saída dos alunos na escola-campo. No dia 06 de Novembro, a acadêmica Shyrlei entregou o ofício a Coordenação Pedagógica. No dia 16 de Novembro as acadêmicas Joyce e Rosilene tiveram o primeiro contato com a turma 711 no 3 e 4 horário pela manhã.
No dia 09 de Novembro, primeiro dia na escola campo, a acadêmica Shyrlei Neves Pinheiro foi recebida pela coordenadora pedagógica Vânia Ribeiro dos Santos que a conduziu para a turma da oitava série do Ensino Fundamental, ministrada pela professora Adma Maria Ataíde de Castro, onde foi recebida de forma acolhedora pelos alunos e professora.
A turma é composta por 15 alunos onde todos estavam presentes em sala. Nesse dia, a professora Adma passava uma atividade avaliativa para os alunos em sala. A acadêmica pôde perceber a inquietação dos alunos com relação à atividade aplicada em sala.
A acadêmica Shyrlei observou que a turma da oitava série por ser pequena, é muito boa em se trabalhar e a professora Adma tem total domínio da mesma.
No dia 11 de Novembro, segundo dia de observação na Escola Campo, professora Adma ministrava aula sobre Regência Verbal, em seguida, após a explicação do assunto exposto, ela trabalhou com uma atividade onde, todos participaram.
No dia 17 de Novembro, terceiro dia de observação, a professora Adma fez uma Revisão sobre Orações Subordinadas Substantivas que seria o assunto abordado na prova final. Suas explicações foram excelentes, os alunos são bem participativos na hora em que a professora está explicando, em caso de dúvidas, eles questionam e interagem com os colegas e com a professora, tirando suas dúvidas sem medo de errar. Em seguida a professora passou uma atividade no quadro e pediu para que os alunos resolvessem no próprio quadro, e mais uma vez, a acadêmica pôde perceber o interesse da turma em interagir com a professora, fazendo com que houvesse um aprendizado significativo entre eles.
A acadêmica Shyrlei percebeu o interesse que a professora Adma tem em ajudar os alunos a desenvolver um bom aprendizado. Assim, o período de observação mostrou que apesar dos problemas enfrentados no dia -a- dia do professor, ele ainda tem a preocupação em repassar aos alunos o seu conhecimento de forma precisa, com amor e total dedicação, o que é muito raro hoje em dia.
No dia 18 de Novembro as acadêmicas Joyce e Rosilene observaram na 1 e 2 aula da professora Adma na turma 711,onde a mesma trabalhou um texto sobre Inclusão Escolar  do Deficiente.
4.3 Regência na escola-campo
O terceiro momento do estágio foi dirigido à execução da proposta pedagógica, o qual foi desenvolvido cuidadosamente pelas acadêmicas Joyce, Rosilene e Shyrlei Pinheiro.
No dia 12 de Novembro de 2010 a acadêmica Shyrlei Neves Pinheiro ministrou aula sobre Regência Nominal, onde a descreveu o que é Regência Nominal, dentro dele exemplificou, Substantivos, adjetivos e advérbios + preposição, onde os alunos foram bastante participativos, e no momento em que a acadêmica explicou o assunto os alunos demostraram interesse pelo assunto. Em seguida a acadêmica aplicou exercício aos alunos de forma em que todos foram participativos.
No dia 19 as acadêmicas Joyce e Rosilene aplicaram a aula sobre Orações Subordinadas Adverbiais, em seguida aplicação de exercícios de fixação sobre o conteúdo explicado.
4.4 Intervenção Pedagógica
A etapa destinada à Intervenção Pedagógica ocorreu no dia 16 de Novembro do ano corrente, onde a acadêmica Shyrlei iniciou a aula de Português, abordando o texto sobre “Inclusão Social“, pedido pela professora Adma Maria Ataíde de Castro.
No segundo momento a acadêmica Shyrlei apresentou a professora Adma o texto: “A inclusão Escolar do Deficiente (A importância do Deficiente na Sociedade, em especial, na escola)”, onde desenvolveu um debate com os alunos, pedindo a eles o que entendem sobre a Inclusão Social, Discutiu com os alunos o que eles acham de terem em sala de aula alunos portadores de deficiência física, a acadêmica analisou com os alunos a importância da inclusão de portadores de deficiência física em sala de aula. O tema chamou bastante atenção dos alunos pois, o assunto sempre está em discussão na sala de aula, uma vez que a escola está se preparando para receber no ano de 2011 esses alunos.
A acadêmica diante do exposto, pediu aos alunos para fazerem uma redação, expondo o que eles pensam a respeito da Inclusão do Deficiente em sala de aula. Todos foram participativos, expondo suas opiniões.
A acadêmica Shyrlei encerrou o estágio com uma festinha para a turma, despedindo-se da mesma, foi muito bonito, a turma foi tão carinhosa com ela.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Estágio Supervisionado foi uma grande oportunidade para que o grupo pudesse desenvolver sua experiência enquanto futuros professores, vivenciando e compartilhando com os alunos da escola campo, suas experiências. Cabe observar que não se compreende a escola fora do contexto social e econômico que está inserida, uma vez que sempre se exige mudanças na mesma. No que concerne à educação, faz-se necessário que a escola aceite tal transformação, e a própria sociedade está em transição, e a escola precisa se adaptar a essa nova reforma educacional, uma vez que, ela não transmite apenas conhecimentos, ela repassa também valores morais, normas de conduta, e maneiras de pensar.
As acadêmicas vivenciaram em sala como os alunos e professores interagem entre si, com isso, concluíram que é necessário esse contato com eles e a escola-campo uma vez que, ela dá suporte para que saibamos de fato como agir no momento em que formos para o campo atuar como professores. Sendo assim, o contato com a realidade foi de grande valia para as acadêmicas, possibilitando assim a reflexão sobre os entraves enfrentados na educação, e devemos estar aptos para enfrentarmos essa realidade, que é bastante diferente das leituras em livros sobre educação. O estágio acrescenta mesmo que pequena uma experiência em sala, o que é bastante gratificante.
Diante disso, faz-se necessário repensar os rumos das escolas e da educação pois, ela precisa ser bastante melhorada e cabe ao professor ir a busca desses novos conhecimentos e repassar aos alunos de forma clara e concisa e que vá ajudar na progressão dos mesmos.
Não há como deixar de lado a relação professor e aluno sem uma abordagem precisa. O ensino e aprendizagem é uma dádiva para quem ama educar e trocar conhecimento. E essa troca de relação é muito tensa e olhando por outro ângulo, temos recompensas e gratificações. Ir para uma sala de aula pressupõem uma troca de informações e conhecimentos. O aluno nos dias atuais está mais receptivo em absorver e repassar o seu conhecimento, deixando de ser apenas um ouvinte e sendo mais participativo dentro da sala de aula.

         Há muito tempo ouvimos a afirmativa “ensinar é uma arte,”  concordamos com o que dizem, a educação é uma arte que precisa ser lapidada a cada dia através de uma postura crítica e reflexiva.
Quanto aos questionamentos de se ensinar gramática na escola, é importante ressaltar que ela é de suma importância, uma vez que é o conteúdo que está sempre presente na grade curricular da escola. E a disciplina está sempre em discussão e reformulação. Propor uma nova prática pedagógica em sala de aula seria bom para essa questão em que se encontra a gramática. Assim, os professores reconsiderariam que o estudo da gramática já não funciona mais se for somente baseado na teoria, ou melhor, decoreba, sem ter um esclarecimento preciso de sua utilidade, e cabe aos alunos repensar se devem considerar a gramática como uma matéria fútil no currículo escolar, não vendo algo útil para o cotidiano dos mesmos, onde se aprende somente por curiosidade.
Sendo assim, cabe aos professores mudar essa metodologia de ensino em sala de aula, fazendo com que os alunos sejam mais participativos e que deixem de lado essa concepção em aprender apenas gramática, faz-se necessário, saber utilizá-la de acordo com o seu cotidiano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola.      Campinas/ São Paulo: Mercado de Letras, 1996/2003.
PERINI, Mário A. Sofrendo a gramática. 3. edição. São Paulo: Ática, 2002. P. 47 a 56.
PARÂMETROS curriculares nacionais- terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa. Brasília: Secretária da educação Fundamental MEC, 1998.
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM DOCÊNCIA II


INTRODUÇÃO
O presente trabalho relata o desenvolvimento do Estágio Supervisionado em Docência II, do curso de Licenciatura em Letras/Francês e suas Respectivas Literaturas  do Instituto de Ensino Superior do Amapá-IESAP.
A prática do estágio faz-se indispensável para a vida dos acadêmicos em formação, pois é apenas através dela que podemos estar parcialmente associando nossos conhecimentos teóricos a pratica docente, é importante também ressaltar que tal prática está diretamente ligada em conhecermos a realidade social e econômica dos alunos e da instituição de ensino.
O estágio ocorreu em uma turma de 5ª série, do Ensino Fundamental III, voltado para a disciplina de Língua Portuguesa.
Através deste trabalho foi possível também, evidenciar resultados significativos no que diz respeito ao desempenho e responsabilidade dos alunos. Suas falas, registros e atitudes explicitam as compreensões construídas com relação ao estágio e evidenciam a sua importância para a formação do profissional.
Alguns elementos se tornam perceptíveis durante a pesquisa: a prática de uma leitura mais aprofundada sobre os conteúdos discutidos; o exercício da reflexão marcada por questionamentos que intencionam a compreensão dos fenômenos vivenciados em sala de aula; o estabelecimento de relações entre o que foi vivenciado no período de tal estágio.
    Neste relatório de Estágio Supervisionado, iremos relatar todas as experiências vivenciadas no período do estágio na Escola-Campo nas modalidades de Ensino Fundamental, mais especificamente em uma turma de 5ª série como já citado anteriormente, obedecendo assim, todos os critérios avaliativos e objetivos como observar e analisar a relação pedagógica na organização escolar; estabelecer relações entre as questões teóricas propostas pela disciplina; observar as ações educativas desenvolvidas coletivamente nas instituições na busca da qualidade do ensino; desenvolver atividades de observação, participação, pesquisa e outras complementares de forma a garantir uma análise crítica em relação ao contexto escolar,  observar alunos de vários níveis de desenvolvimento físico, pedagógico, psicológico e social e compreender como funcionam as atividades pedagógicas em espaços vivenciais.

 1 IDENTIFICAÇÃO DOS ACADÊMICOS E DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO

1.1 Dados dos estagiários
Kelly Cristina Ramos Pereira
Luciana da Silva Távora
Curso de Licenciatura em Letras Português/Francês
5º Período – Turma 5 LIC – F.N – Ano 2010
Início da Disciplina Estágio Supervisionado em 21 de Setembro de 2010 e término em 12/12/2010, perfazendo um total de 150 horas/ aulas.
1.2 Dados da Escola – Campo de Estágio
Escola Estadual Santa Inês, localizada na rua: Beira Rio, número 369, no Bairro Santa Inês, na cidade de Macapá – AP.
Telefone para contato: 3212-5243
Professora Colaboradora:
Adma Maria Ataíde de Castro, 5ª série do Ensino Fundamental, 1º turma.

2     FUNDAMENTAÇÃO TEÓRIA
Os PCNs têm como objetivo dar suporte a execução do trabalho do professor, constitui um referencial de qualidade, tendo por função orientar e garantir investimentos no Sistema Educacional. Os conteúdos, avaliações e as orientações são de suma importância para que o aluno pratique sua aprendizagem.
Os Parâmetros sugerem que os gêneros textuais sejam trabalhados na língua materna, trabalhando a oralidade e a escrita, fazendo com que o aluno desenvolva habilidade em atividades lingüísticas, de modo que possa relacionar/adaptar às suas práticas sociais.
É muito comum encontrarmos professores que ainda trabalham a gramática de maneira solta, sem a utilização de textos e assuntos do cotidiano dos alunos. Estes estão presos ao método tradicional, levando muitas vezes o aluno a desmotivação e o medo da sua própria língua materna.

  Um exame mais cuidadoso de como o estudo da língua portuguesa acontece, desde o ensino fundamental, revela a persistência de uma prática pedagógica que, em muitos aspectos, ainda mantém a perspectiva reducionista do estudo da palavra e da frase descontextualizadas. (Antunes, 2003, p.19).

            Muitos estudos têm sido feitos para buscar a melhoria do ensino fundamental e médio, fazendo assim motivação e reorientação dessa prática, no ensino de língua portuguesa. Podemos citar os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Não pode haver uma prática eficiente sem fundamentação num corpo de princípios teóricos sólidos e objetivos. Não tenho dúvidas: se
nossa prática de professores se afasta do ideal é porque nos falta, entre outras muitas condições, um aprofundamento teórico acerca de como funciona o fenômeno da linguagem humana. (Antunes, 2003, p.40).

É de suma importância que antes da prática venha à teoria, para que os acadêmicos como futuros profissionais da educação tenham recursos a colocar em prática. Fazendo com que o profissional perceba a função existência da língua, que é a de promover a interação entre as pessoas.
 Numa perspectiva de ritual de passagem, esperamos que essa caminhada pelas atividades de estágio se constitua em possibilidade de reafirmação da escolha por essa profissão e de crescimento, a fim de que, ao seu término, os alunos possam dizer 'abram alas para a minha bandeira, porque está chegando a minha hora de ser professor'. Pimenta e Lima(2008, p.100).
            O estágio é um passo definitivo para o futuro professor, ele será um divisor de águas entre a formação inicial e a conclusão do curso. Pois, nos períodos de dedicação ao estágio, desde a primeira visita à escola, onde precisam conhecer o espaço escolar nos seus aspectos de organização estrutural e administrativa até a entrada na sala de aula, para assumir a turma através da regência de classe, os professores em formação são levados a refletir se estão dispostos a continuar nessa caminhada.        
                                                                                                            
3 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO
3.1 Histórico e Estrutura Física
A Escola Estadual Santa Inês está localizada na Rua Beira Rio, nº 369, no bairro Santa Inês. Foi criada no dia 16/02/1990, sob  ato de portaria-0059/90 SEED e ato de autorização de funcionamento de nº 0315/92, em 22/07/92, reconhecida pela resolução 0091/OOCEE, de 18/09/2000. O nome da escola deve-se a escolha da própria comunidade do bairro, que procurou assim homenagear a “Santa Inês, sua padroeira.      
A escola é composta pela senhora Diretora Delma Maria Sarmento Correia, pela Diretora Adjunta e Secretária Administrativa Édla da Silva Morais, Secretária Escolar: Maria Rute Mendes Lameira e sob coordenação pedagógica de Iranilde de Andrade Oliveira, Maria Madalena Cordeiro de Souza e Vânia Ribeiro dos Santos, todas com formação em Licenciatura Plena em Pedagogia.
A Escola conta com 36 professores distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite, sendo todos graduados. Acompanhamos a professora de Língua Portuguesa Adma Maria Ataíde de Castro, com 14 anos de experiência, formada em Licenciatura Plena em Letras e especializada em Língua Portuguesa, pela UFPA.
A Escola disponibiliza de dois auxiliares de disciplina, que recepcionam os alunos e também controlam o fluxo de pessoas na escola, os alunos, a partir do momento que entram, não podem mais sair. Essa medida de precaução é para evitar que os mesmo se dirijam para a beira do Rio Amazonas ou para a praça do forte que ficam próximos à Escola Santa Inês.
A instituição escolar atende 532 alunos regulamente matriculados, distribuídos em três turnos, onde cada turma varia de 28 a 35 alunos. A Escola atende alunos da comunidade local (Santa Inês), a situação socioeconômica dos alunos, é de famílias de baixa renda, sem empregos fixos e fazem parte de programas sociais do Governo do Estado e/ou Federal, a evasão escolar acontece somente no turno da noite, onde alunos do EJA, que abandonam a escolar por motivos de doença, família e/ou condições financeiras.
A estrutura física da Instituição de Ensino é composta por 10 salas de aula, uma sala dos professores, uma biblioteca, uma sala de TV ESCOLA, uma diretoria, uma secretaria, uma coordenação pedagógica, uma sala de vídeo, um refeitório, uma quadra poliesportiva, um laboratório de ciências, um laboratório de informática, 2 banheiros masculinos e 2 femininos para os alunos e 1 banheiro par uso exclusivo dos funcionários.A escola possui também uma ampla área livre para lazer.
3.2 Aspectos Pedagógicos
A escola Estadual Santa Inês possui o Projeto Político Pedagógico, sua linha filosófica e a Crítico Social dos conteúdos no Ensino Fundamental e libertadora na educação de jovens e adultos.
O Projeto Político Pedagógico está implantado na Escola Santa Inês desde 2007 com objetivo de proporcionar e nortear os caminhos às práticas pedagógicas da Instituição de Ensino Público, com o intuito de reduzir  o índice da evasão escolar, reprovação e violência no ambiente escolar, garantindo assim um ensino-aprendizagem de qualidade ao aluno.  O acompanhamento pedagógico se dá através de reuniões pedagógicas e plantão pedagógico, ambos correm bimestralmente.
O PPP é a base orientadora do trabalho educacional desenvolvido na Escola Santa Inês, e tem como suporte teórico a Legislação Educacional em vigor e seus respectivos dispositivos legais. E foi elaborado pelos educadores (as), alunos (as), pais, funcionários (as) e colaboradores (as).
 Atualmente a Instituição funciona apenas com as seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamenta l- Regular de 5ª a 8ª séries, Fundamental- EJA (Educação de Jovens e Adultos) e Médio. A Escola possui Projetos: Jogos Internos; Encontro com as Artes, Escola Santa Inês: uma aula de cidadania, Liderança e Cidadania, Karatê, Judô e Dança de Salão.
O PDE no Ano de 2010 repassou a Escola o valor de 18.000,00 que foram utilizados para adquirir materiais para projetos e campanhas de combate as Drogas, ajeitar o cantinho da leitura e a biblioteca, comprarem centrais de Ar, adquirir jogos pedagógicos e lúdicos e contratar serviços de instalação das centrais de ar. A Escola também recebe o apoio da Secretaria de Educação, e Divisão Técnico–Pedagógica/NITEP com acompanhamento das atividades desenvolvidas no dia-a-dia.

4           ETAPAS DO ESTÁGIO
                                      
4.1 Orientações Teóricas no IESAP
A Disciplina Estágio Supervisionado II iniciou- se no dia 21 de Agosto deste ano de 2010, sendo concluída uma carga horária de 150 horas/ aulas concluindo em 11 de Dezembro.
O Estágio Supervisionado desenvolveu-se em quatro etapas que relacionam-se. A primeira envolve conhecimentos teóricos em sala de aula, a segunda observação e participação na escola – campo, a terceira sendo a regência de classe e a quarta a intervenção pedagógica.
No que concerne o Estágio Supervisionado, a etapa inicial aconteceu no dia 21 de Agosto de 2010 com apresentação das diretrizes gerais da disciplina.
No dia 28 de Agosto, realizou-se a primeira fase das orientações teóricas, iniciando-se com o texto: Refletindo sobre a prática da aula de português. Realizamos junto à professora Fádia Cristina, à leitura do mesmo em sala, ela pediu aos acadêmicos que destacassem no texto as idéias chave dos tópicos e as socializassem, em seguida pediu que os acadêmicos resolvessem as atividades em sala.
No dia 11 de Setembro a professora Fádia Cristina trabalhou em sala com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996) e com o texto: Ensino de Gramática e qualidade de vida e também com o texto: O estágio como possibilidade de formação contínua, onde dividiu por tópicos o que discutiríamos na próxima aula.
No dia 18 de Setembro a professora deu inicio as discussões dos tópicos em sala do texto: O estágio como possibilidade de formação contínua. Onde cada aluno relatava a sua posição quanto ao tema oferecido.
No dia 02 de Outubro a professora deu continuidade às discussões dos tópicos em sala, e debatemos sobre o tópico dois, Eixo conceitual: o estágio tem por base a reflexão a partir da práxis docente.
4.2 Observação e Participação no Contexto Escolar
A etapa de observação e participação ocorreu entre os dias 08 de novembro a 20 de Novembro do decorrente ano, na Escola Estadual Santa
Inês, sob a orientação da Professora Ádma Maria Ataíde de Castro e realizada pelas acadêmicas Kelly Cristina e Luciana Távora.
No dia 08 de novembro de 2010, as acadêmicas Kelly Cristina e Luciana Távora tiveram o primeiro contato com a Coordenadora da Escola Estadual Santa Inês, Vânia R. Santos e a professora Adma Maria Ataíde de Castro, onde foi entregue o Ofício solicitando a autorização para o Estágio Supervisionado II. No dia 09 de Novembro, as acadêmicas observaram o espaço escolar, a entrada e a saída dos alunos na escola-campo. No dia 12 de Novembro as acadêmicas tiveram o primeiro contato com a turma 511 nos 3º e 4º horários pela manhã, fazendo a observação da aula ministrada pela professora Adma Ataíde.
A turma é composta por 32 alunos onde todos estavam presentes em sala. Nesse dia, a professora Adma passava uma atividade avaliativa para os alunos em sala. As acadêmicas puderam perceber a inquietação dos alunos com relação à atividade aplicada em sala de aula.  
Percebeu-se o quanto a professora Adma Ataíde ama o que faz, e tem prazer em ajudar os alunos a desenvolver um bom aprendizado. Assim, o período de observação mostrou que apesar dos problemas enfrentados no dia -a- dia do professor, ele ainda tem a preocupação em repassar aos alunos o seu conhecimento de forma precisa e total dedicação, o que é muito raro hoje em dia. A escola é preenchida por profissionais voltados para a melhoria e em manter o que conquistaram quanto uma família.
No dia 20 de novembro as acadêmicas Kelly Cristina e Luciana Távora, fizeram análise dos instrumentos institucionais, o PDE, Planos de aula e de curso, PPP, Livros didáticos e registro fotográfico.     
                                                                                                
4.2 Intervenção Pedagógica
O terceiro momento do estágio foi dirigido à execução da proposta pedagógica, o qual foi desenvolvido cuidadosamente pelas acadêmicas Kelly Cristina e Luciana Távora.
No dia 18 de novembro, a acadêmica Luciana Távora, ministrou sua Regência na turma 511, sobre Flexão Verbal (tempos e modos verbais), em seguida, após a explicação do assunto exposto, ela trabalhou com uma atividade onde, todos participaram, onde utilizou-se como maneira nova de ensino, o uso de uma dinâmica com bola.Fez-se uma roda e colocou-se musicas animadas, a bola era jogada de aluno para aluno e quando a música parava, quem estivesse com a bola na mão conjugava verbos no Pretérito. A participação dos alunos foi muito gratificante, percebeu-se que recursos diferentes em uma aula de gramática é muito importante.
Ainda no dia 18 de novembro, a acadêmica Kelly Cristina, ministrou sua Regência na turma 511, sobre Flexão Verbal (número e pessoa), em seguida, após a explicação do conteúdo exposto, a mesma trabalhou com atividade, onde todos os alunos participaram. A acadêmica deu continuidade no assunto, buscando interação com os alunos, ela pedia aos alunos que dessem exemplos de frases, do assunto aplicado pela mesma. O método que os alunos gostaram muito foi quando a futura professora pedia aos alunos que fossem ao quadro responder e criar frases.
A escola possui muitos projetos pedagógicos, um deles é a sexta-feira da Leitura, que as acadêmicas foram convidadas a realizar. Ocorreu no dia 19 de novembro, na turma 511, onde as acadêmicas trabalharam a Interpretação de texto, com o texto: Ser diferente, da autora PIRES LIMA, Heloisa. Primeiramente pedimos que os alunos fizessem uma leitura individual e silenciosa, em seguida lemos todos juntos e em voz alta, o tema foi socializado em um pequeno debate, onde os alunos perceberam as diferenças de maneira consciente.                                                                                          
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto neste Relatório vivenciamos o dia-a-dia da Escola Santa Inês, acompanhamos alunos, professores e coordenadores. Recebemos orientações, sugestões e dicas que levaremos para a vida toda. Tanto ensinamos como aprendemos com os alunos, observando suas características, realidades e experiências.
Para as acadêmicas, o estágio foi grandioso, pois levaram a teoria para caminhar junto com a prática, estudaram e compreenderam quão é importante a interação aluno/professor.
Após todo o caminho percorrido na busca da relação teoria e prática no cotidiano escolar, podemos perceber através do Estágio Supervisionado as dificuldades encontradas dentro do cotidiano de um professor, porém, isso nos fez perceber que estamos diante do que realmente queremos profissionalmente, a prática do Estágio é um fator indispensável para a nossa formação acadêmica, pois é ela que irá nos nortear cada vez mais para um caminho mais próximo da realidade que iremos vivenciar dentro de uma sala de aula.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
PIMENTA, S. G. LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 3. Ed. São Paulo: Cortez. 2008.
TRAVAGLIA, Luis Carlos. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2002.


 

                                                                                                             


Um comentário:

  1. Meninas parabéns pelo trabalho, tenham certeza que valeu a pena, e que os conhecimentos adquiridos serão de grande relevância para os próximos semestres e para a profissão de vcs. Abraços, prof Fádia.

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